domingo, 28 de setembro de 2008

Um mercado jogado às baratas

Apoiar o comércio local é dever de todo administrador municipal. Em Valença, localizada na região sul-fluminense, essa não parece ser uma máxima. O Mercado Municipal, local onde funciona a Feira local e várias lojas, está realmente abandonado. De acordo com alguns comerciantes, o caos é total por conta da infra-estrutura precária, da sujeira e da falta de funcionários para garantir a limpeza e a segurança. Para eles, que alugam boxes do Mercado, a culpa é do atual coordenador, Alvanir Garcia, que não acata suas reclamações e se mantém de braços cruzados.

De acordo com os boxistas, entre os principais problemas está a falta de funcionários suficientes para manter a limpeza e a segurança do local. A limpeza, por exemplo, está sendo feita uma vez a cada dois dias, por uma funcionária, que ainda sofre para receber seu salário. Nos dias em que não vem, quem faz é o próprio boxista. Com isso, os locais mais comprometidos são os banheiros, que estão em péssimo estado de higiene. Com relação à segurança, os comerciantes lembram que o mercado já chegou a ter quatro seguranças, mas, hoje, não tem nenhum.

Outro problema grave do local é o da caixa d’água. De acordo com depoimento de alguns comerciantes, que preferem não se identificar, a caixa está muito suja, apresentando lodo e cheiro de podre e não possui nenhuma proteção. Eles informaram que até restos de animais mortos – possivelmente, de uma ave – foram encontrados no interior. Outra crítica é quanto a instalação elétrica. Os comerciantes reclamam da precaridade da fiação, colocada de qualquer maneira pela administração do mercado e que pode, até mesmo, provocar um incêndio.

Problema sério, também, é o que acontece nos dias de chuva, quando a água escorre para dentro do Mercado, formando poças por todo o local. Além disso, há vários pontos do telhado com telhas quebradas, criando goteiras em cima das lojas e da fiação elétrica. Eles lembram que, muitas vezes, são os próprios comerciantes que têm que comprar o material para prover as necessidades mais básicas, como troca de lâmpadas, fiação elétrica, produtos de limpeza, etc. Eles alegam, ainda, que a Prefeitura tem arrecadação acima de R$ 7 mil com o pagamento de aluguéis, mas o dinheiro não retorna para o Mercado na forma de manutenção.

Mudança prejudicial

Segundo alguns dos denunciantes, a mudança de coordenador do Mercado acabou sendo prejudicial. Eles alegam que o coordenador anterior era mais ativo e buscava, de todas as maneiras, atender as demandas dos boxistas. Mas, com a mudança de direção, a coisa mudou e o atual, atendendo, talvez, a ordem superior, não se sensibilizou com o estado do Mercado Municipal. Por isso, os comerciantes pedem mais atenção do Governo quanto ao Mercado, para que o local se torne, novamente, um cartão postal da cidade.

Rebatendo críticas

Procurado pela reportagem, Alvanir Garcia alegou problemas de falta de pessoal e reconheceu que a administração do mercado não tem conseguido dar soluções para todos os problemas do local. Mas ressaltou que várias ações foram realizadas, como o tapamento de uma mina que, volta e meia, jorrava para dentro do mercado. Outra ação foi o esgoto, com a criação de uma rede paralela que acabou com o mau cheiro. Ele também chamou de inverídica a afirmação sobre a caixa d’água, já que a água consumida pelos comerciantes é de ótima qualidade.

Alvanir alegou que não sabe quando os demais problemas serão resolvidos, pois precisa de mais funcionários para trabalhar. Mas ele acredita que, brevemente, o Governo encaminhará funcionários para o setor. Ele informou, ainda, que vai investir também nas atrações culturais e de lazer, para transformar o Mercado Municipal num lugar mais atrativo para a população. Agora é só esperar para ver se isso vai realmente acontecer!

Tradição perdida

Abandono: essa é a definição que os comerciantes dão para a situação. “Quem visitaria um local nessas condições”, se perguntam. Sejam em grandes ou pequenas cidades, a presença dos Mercados Municipais passa de simples necessidade. Trata-se de uma tradição. Em Valença, o Mercado Municipal marca pelos anos de existência e de serviço prestado à população. Comerciantes, feirantes, população: todos ganham com sua existência. E, diferente de outras cidades, Valença ainda conseguiu congregar no mesmo local, duas atrações diferentes: o comércio varejista dos feirantes, com suas hortaliças e frutas, com as lojas, que vendem desde roupas até pequenos eletrodomésticos. Com a desvalorização do local, cai a visitação e perdem todos.
Na sua cidade existe uma Feira ou Mercado Municipal? E você já foi visitá-la? Conhece o espaço, os produtos e as pessoas? Pois deveria! As Feiras ou Mercados Municipais são espaços da tradição local. O município de Valença está sofrendo com a desvalorização do seu Mercado! E você, amigo internauta: também quer ver acontecer isso na sua cidade?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Analisando o Irfanview

Na maioria das vezes, a gente sempre oferece alguma resistência ao novo. Mas, como já vem sendo dito durante todo o Curso Jornalismo 2.0, conhecer novas tecnologias é a maneira mais correta de se adaptar ao ritmo mutante da Rede Mundial de Computadores. E não só a ela, mas, de maneira geral, a todos os avanços proporcionados pelo desenvolvimento contínuo da tecnologia.

Por isso, ao invés de me prender ao Photoshop, já velho conhecido, resolvi testar e conhecer o Irfanview, programa que trabalha naquela linha dos softwares de visualização de imagens, com o acréscimo de ferramentas de edição. Basicamente, a camparação de um programa de ponta de linha como o Photoshop, com outro programa rudimentar como o Irfanview, levaria o segundo à condição de inferior. Mas, o que podemos perceber é que o Irfanview atende a uma gama interessantes de usuários, na verdade, à maioria deles.

O que me chamou realmente a atenção neste programa é que, diferente do Photoshop, é mais voltado para pessoas comuns. Suas ferramentas, apesar de limitadas, são de fácil utilização. A ferramenta de corte, por exemplo, usada na fotografia do diretor de cinema Carlos Manga, apresenta três opções – cortar área selecionada, cortar a área não selecionada e cortar e ampliar visualização -, simples e direto. Já na foto sobre o Cine Centímetro – um edifício construído por um amante do cinema de Conservatória, cópia do Cine Metro -, a ferramenta de redimensionamento traz também a simplicidade, apesar dos recursos diminutos.

Aliás, entre suas ferramentas conseguimos achar quase todos os recursos encontrados no Photoshop, só que sem as opções variadas. Nas duas fotos, por exemplo, usei a ferramenta de nitidez e de correção de cores, para colocar mais brilho e contraste. Mas há muito mais: com o recurso de um scanner, é possível até transformar uma imagem de impressa para digital, através do Irfanview.

O Irfanview e outros programas desse tipo facilitam, cada vez mais, a vida dos usuários. Uma pessoa comum pode, agora, postar em seu fotoblog, uma imagem bem tratada, com melhor qualidade, retirando informações visuais desnecessárias, sem para isso, ter que passar por nenhum curso sobre digitalização de imagens. Basta ter bom senso!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Análise comparativa sobre sistemas de busca



Bom, antes de começar a análise sobre sistemas de buscas, é preciso abrir um pequeno parêntesis sobre o assunto: para mim, numa análise geral, todos os sistemas ofereceram opções interessantes. Como o termo "cura do stress" pode ser empregado em diversas situações, não dá para apontar os resultados obtidos como certos ou errados, próprios ou impróprios. Tudo depende do que o usuário necessita.

Por exemplo, se para curar o meu stress, estivesse procurando um lugar para passar férias, a quarta opção encontrada no sistema MSN e a terceira no sistema Ask.com (o Hotel Cortona é 4 Stelle – Estrelas), seriam as corretas. Na busca por informações mais técnicas sobre o conceito "cura do stress", os sistemas Yahoo e Altavista, além de apresentar nos seus cinco primeiros resultados, as mesmas opções e na mesma ordem, foram os que selecionaram os melhores tópicos: os três primeiros, de ambos sistemas, falam sobre os sintomas dessa doença, as conseqüências no organismo e as técnicas de cura.

Mas encontrei coisas interessantes, como uma história, postada no Blog Lixo Tipo Especial (primeira opção do sistema Google), onde o autor narra uma experiência inusitada com tratamentos pouco ortodoxos de combate ao stress. Outro, também do Google, foi o vídeo postado no Youtube - já famoso na Internet -, que mostra um hipopótamo computadorizado cantando. Alguns resultados também levaram à técnicas específicas de cura do stress, como o Reiki, Tai Chi Chuan, cristais, massagem espiritual e a Massagem da Cura do Sono (essa é legal, estou precisando).

Dos oito sistemas pesquisados, cinco apresentaram resultados em português (Google, Yahoo, Altavista, Radar Uol e MSN. Os sistemas Clusty, Ask.com e DogPile apresentaram resultados em outras línguas. Mesmo não fazendo parte do exercício, fiz um teste: no DogPile, troquei a palavra "stress" (inglesa) pela portuguesa "estresse" e obtive, entre os cinco primeiros resultados, dois em páginas de língua portuguesa. Voltando ao foco do exercício, na análise desses três sistemas, o único que apresentou opção mais conceitual sobre o tema foi o DogPile, que apontou para uma página (em inglês) de informações sobre a doença. Provavelmente, para uma busca mais conceitual nesses sistemas teria que usar outros termos para obtenção de resultados mais satisfatórios.

Para finalizar, continuo afirmando que todos os resultados são válidos, pois dependem da necessidade do pesquisador. Além disso, essa variedade de resultados, às vezes tão diferentes uns dos outros, torna-se, em certos casos, uma vantagem, quando pesquisamos sobre assuntos dos quais não temos grande conhecimento. Cada opção nos remete para uma visão diferente do assunto, uma hipótese que precisa ser testada pelo investigador, em igual maneira como será preciso proceder com as contribuições postadas por internautas em seu Blog de pesquisa.

O fato é que os sistemas de buscas (e eu sou fã descarado do Google, até instalo sua barra de ferramentas), são instrumentos poderosos de investigação e aprendizagem. Eu os utilizo diariamente, pois são democráticos, maleáveis e de fácil uso. Eu, que no passado achava tão importante que não faltasse uma enciclopédia na redação, hoje, torço apenas para que não falte luz e conexão!





Para os internautas visitantes que se interessarem em conferir a análise, os links são esses: Google: http://www.google.com.br/ ; Yahoo!: http://www.yahoo.com.br/ ; Altavista: http://www.altavista.com/ ; Radar Uol: http://radaruol.uol.com.br/ ; Clusty: http://clusty.com/ ; MSN: http://search.msn.com.br/ ; Ask.com: http://search.ask.com/ ; e DogPile: http://www.dogpile.com/

O futuro está na interatividade


Interatividade! Essa é a grande palavra que a Internet nos apresenta! Quanto mais o ser humano se ambienta com a Web, mais ele se torna apto a adquirir o controle sobre as ações e informações que lhe chegam via telinha do computador, celulares, etc. E cada vez mais, mesmo no Brasil, essa "especialização" no uso da Net está atingindo uma gama maior de pessoas, nos mais diversos níveis sociais.

A interatividade está presente em tudo: nos portais, nos bate-papos (chats), sites de empresas e, até mesmo, nos jogos online. Um exemplo são os jogos "Mu" e "Ragnarok", onde os usuários conseguem interagir com outros jogadores, trocar arquivos e, até mesmo, fazer uso de programas antes utilizados apenas por especialistas em programação, como os raqueadores, apesar de se tratar de prática antiética, mesmo nesse tipo de jogo.

Com certeza, o sucesso de sites como o Google, Orkut, Youtube, Myspace e outros, se deve a essa grande autonomia oferecida aos usuários. O Orkut, por exemplo, oferece, agora, uma série de programas que possibilitam ao usuário o acesso a um grupo de programas que tem como funções, por exemplo, baixar músicas ou bater-papo, como no programa Messenger. Ou seja, quanto mais a Web evolui, mais ganha usuários por tornar-se de fácil manuseamento e aumentando a sua interatividade.

Como ressalta o texto "O Legado da Web 1.0 e as Perspectivas da Web 2.0", essa evolução foi uma espécie de desinstitucionalização: a Internet, criada para ser uma rede de informações secretas do Governo Americano – pelo menos, assim diz as lendas -, passa a ser um dos mais novos e impressionantes meios de comunicação e informação do planeta. "A primeira é estática, a segunda, dinâmica; uma é proprietária (de sistemas e softwares fechados, que são vendidos) e outra aberta; a Web 1.0 é institucional, a Web 2.0, rede social; e finalmente, enquanto a Web 1.0 é um canal, a Web 2.0 se configura como uma plataforma".

Além disso, cada vez mais está sendo facilitado o acesso da população pela diminuição do custo. Hoje, qualquer pessoa pode acessar a Rede através de uma Lan House. Para se ter uma idéia, o município de Valença, na região sul-fluminense do estado do Rio, cidade com uma das maiores poupanças do estado por causa do grande número de aposentados – aproximadamente, R$ 89 milhões, segundo dados do IBGE relativos a 2007 -, tinha, até alguns anos atrás, um grande número de farmácias e financiadoras. Atualmente, o número de Lan Houses já ultrapassa em número as outras duas.

A única característica da Internet que permanece a mesma é o massivo excesso de informações, qualidade de um ambiente totalmente aberto. A busca por páginas eletrônicas realmente confiáveis limita, por vezes, a navegação, indo de encontra a filosofia de independência do próprio meio. Além disso, a Web ainda causa apreensão nos usuários, principalmente, nos pais. Várias são as reportagens veiculadas pela TV que falam das precauções com o uso de salas de bate-papo e o recebimento de spams. Mas essa é outra face da Rede que ainda precisamos nos acostumar!